sexta-feira, janeiro 05, 2007

Carta aberta a Giorgio Armando.

Caro Giorgio Armando,

Escrevo-lhe esta carta para lhe dar uma justificação para o facto de não poder aceitar a sua proposta de sócio, no negócio que pretendo abrir nos próximos tempos.
Em primeiro lugar é preciso perceber que nada tenho contra si... mas permita-me que lhe diga, que me parece um daqueles imigras frustrados, com muito pouco que fazer, que passa a vida a passear a panela de escape, em horário de ponta, numa avenida repleta de putas de terceira apanha!!! Não é este o tipo de negócio que pretendo!!!

Proponho um negócio com material de luxo... de altíssima qualidade... para clientes exigentes e pouco inteligentes... que gostem de se sentir confortáveis e felizes enquanto bebem um champanhe rafeiro, pago a preço d'oiro...

Fica desde já convidado para a festa de inauguração do meu novo estabelecimento de diversão nocturna! Pretendo ter diversões dos mais variados tipos, étnias e nacionalidades... é à escolha do freguês... O espaço está maravilhosamente bem decorado, com um bom gosto que até assusta...
Não lhe ofereço o champanhê... mas pode desde já contar com um TableDance gratuito em troca da sua simpática presença na festa de inauguração, de um espaço que será um dos rumos de peregrinação mais procurados deste país, que é... o Portugal dos Pequeninos.

Cumprimentos

terça-feira, janeiro 02, 2007

"Perante um precipício o que fazer?"

Não sou gajo de tar parado... sou um mercenário convicto... saio de um negócio e entro noutro com uma facilidade que até a mim me espanta... há momentos em que a unica solução é saltar em frente na altura certa, e observar o impacto de perto e com a intimidade que este impõe... o chão espera-nos!

Digo isto, porque larguei um negócio que estava mal... muito mal... Não podia mais sustentar um talho que não facturava o suficiente para pagar as contas...

Não vale a pena bater no ceguinho... a resposta à retórica popular:
-"Perante um precipício o que fazer?" é muito simples...
e toda a gente a sabe... mas para os poucos que não a sabem, aqui vai a resposta:
-"Dar um passo em frente!" - foi o que fiz, e ainda bem que o fiz!

O resultado mais prático desta atitude épica, poderia ter sido outro, ou até mesmo ter danos colaterais minimizados. O problema, é que não tive tempo de pensar, em abrir o pára-quedas que tinha comprado em promoção no LIDL de Xabregas, ali prós lados da Capital... do Portugal dos pequeninos.